Vivo por insistência
No meu berço quase amarelo
Tenho ternos e roupas caras
Más meu estilo é de chinelo
Minha velhice é doentia
Minha idade está perdida
O meu grito ora sem saída
Vou correndo para a despedida
Tenho saudades dum grande sorriso
A vida tão bela e as vezes fria
Me faz pensar nos desalentos
Pensei ser rápida nessa geografia
O tempo tá bom
Ainda tenho meu sorriso infantil
Quisera ser um homem forte
A água desce por meu cantil
A dor é suportável e vasta
O fim da vida é um tormento
O preparo tem várias pastas
Perfume bom com sofrimento
Reclamar não adianta é tarde
Chorar foge a esperança
Quem semeia vento por ser tarde
Acaba colhendo tempestade
Já estou só desde a infância
Procurando meu momento
A vida se modifica
Se torna um grande tormento
A preocupação com o futuro
Desfaz as expectativas
Queria partir alegre
Mas vou curtir o momento
No mais eu sou feliz
Tenho fé no homem e no altíssimo
Quem dera minhas asas de Anjo
Possam me tirar desse belo abismo
Posso sorrir e chorar por ti
Meu amigo e minha amiga
Sei que orar por vós resolve
Pode salvar a nossas vidas
Dizem que miséria pouca é bobagem
Já basta de tentar existir
Não posso esconder o pedido de socorro na viagem
Pois serei sempre o estranho Djavi