Se imaginarmos uma nova versão da Inquisição ocorrendo unicamente no Brasil sob uma ótica fundamentalista evangélica, é plausível imaginar que as principais vítimas seriam mulheres que adotam estilos de vida diferentes daqueles defendidos por setores religiosos mais conservadores, pessoas que seguem religiões cristãs distintas, membros de outras crenças não cristãs, bem como indivíduos LGBTQIA+. Especialmente homossexuais, transsexuais e travestis.
Por outro lado, se a suposição for de uma inquisição movida por um viés político de esquerda, as vítimas provavelmente seriam pessoas que se identificam com ideais bolsonaristas, conservadores ou simplesmente qualquer um que se opusesse aos princípios daquela ideologia dominante. Em ambos os cenários, o denominador comum seria a perseguição à diferença, ao pensamento divergente e ao direito de expressão, o que nos mostra o quão perigosa é qualquer forma de autoritarismo, seja religioso ou político.