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No Pacto Molotov-Ribbentrop (1939), a Estônia caiu na esfera de influência soviética.
18 de setembro de 1939: o submarino polonês Orzeł escapou de Tallinn. Isso foi usado pela URSS como pretexto para bloqueio terrestre e marítimo na Estônia. Aeronaves militares soviéticas também começaram a sobrevoar a Estônia.
27-28 de setembro de 1939: Molotov usou o suposto afundamento do navio mercante soviético Metallist para exigir acordo de assistência mútua, além de bases militares soviéticas e a entrada de 35 mil soldados soviéticos na Estônia. O governo estoniano aceitou em 28 de setembro.
A Alemanha recusou ajuda à Estônia, dizendo que os Bálticos não estavam em sua esfera de interesse.
Em 1940, a pressão aumentou:
28 de maio: artigo no Pravda criticava a suposta simpatia dos intelectuais da Estônia pela Grã-Bretanha, além de hostilidade com a Alemanha.
12 de junho: ocupação da ilha de Naissaar.
14 de junho: novo bloqueio marítimo e aéreo.
16 de junho: Molotov exigiu prisões de ministros e estabelecimento de um novo governo, além de mais presença militar naquele país; a Estônia cedeu e o Exército Vermelho ocupou o país.
Logo depois:
5 de julho de 1940: o presidente Päts dissolveu o parlamento por ordem soviética e novas eleições, controladas por Moscou, foram convocadas; só candidatos aprovados podiam concorrer.
14-15 de julho: eleições fraudulentas, com resultado anunciado acidentalmente em Moscou antes do fechamento das urnas: 92,8% dos eleitores da Estônia teriam votado a favor da lista aprovada. O comparecimento às urnas também foi fraudado, oscilando entre 84 e 95%. A taxa real de participação foi de 25% no campo e de 30 a 50% na cidade. .
17 de julho: o novo parlamento fantoche começou a defender a união com a URSS. Manifestações contrárias foram violentamente reprimidos por todo o país.
6 de agosto de 1940: a Estônia foi oficialmente anexada como República Socialista Soviética da Estônia.
Päts foi preso pela NKVD e declarado insano pelas autoridades soviéticas por afirmar que era o presidente da Estônia.
Fontes:
COURTOIS, Stéphane. Cortar o mal pela raiz!: história e memória do comunismo na Europa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
MOORHOUSE, Roger. O Pacto do Diabo: a aliança de Hitler com Stálin, 1939-1941. Rio de janeiro: Objetiva, 2021.