Unir eu não digo, porque há questões doutrinárias irreconciliáveis, mas mais diálogo.
Nos primeiros anos de minha adolescência fui católico, mais por herança familiar do que por convicção. Fiz catecismo e crisma um pouco antes de ficar dois anos num seminário. Minha mãe queria que eu fosse padre. Desde esse tempo eu ficava inconformado de por que uns tios protestantes não conversavam com outros que eram congregados marianos, nem minha avó paterna - filha de Maria - tinha relação de amizade com minha avó materna, espírita praticante. O evangelho não era o mesmo para todos? Por que esse sectarismo se o Jesus era o mesmo na adoração?
A questão, pois, não está só nas instituições, mas no conservadorismo egoísta, pedante dos que se julgam proprietários da verdade.
Jesus teria recebido todos, dialogado com todos, até com os de Samaria que eram odiados pelos judeus. Por que agora seus arautos criam doutrinas pessoais e se afastam dos ideais essenciais do nazareno e se apegam a questiúnculas que separam irmãos e comunidades?
Não vejo a possibilidade que você sugere, a não ser após uma nova extinção em massa.