Os historiadores acreditam que surgiu no Brasil no estado de Minas Gerais, pelas seguintes razões lógicas: 
	
 
	1- No século XVIII (18) o estado de Minas Gerais era o estado mais populoso do Brasil, isso devido ao ciclo do ouro. A descoberta de muitas minas de ouro atraiu milhares de pessoas. Portugueses, brasileiros de outros estados do Brasil, africanos escravizados e estrangeiros de diversos países, foram para Minas Gerais atrás de riquezas.  
	
 
	2- O crescimento da população impulsionou a agricultura local (milho, mandioca, gado) e atividades como: pecuária leiteira, produção de queijos, transporte com tropeiros e comércio interno. Minas tinha muita pecuária leiteira para abastecer as cidades mineradoras.  
	
 
	3- A farinha de trigo era escassa no Brasil devido as condições climáticas. Ela era importada da Europa (mas especificamente de Portugal) e o transporte era feito por navios/barcos. E era muito difícil e até mais caro levar farinha de trigo até Minas Gerais pois o estado não tem saída direta para a costa. Mas em compensação, a mandioca era cultivada em larga escala, e da mandioca se extraía o polvilho, que funcionava como substituto da farinha de trigo para fazer pães e outras massas. 
	
 
	4- Minas Gerais, sendo uma região montanhosa e afastada do litoral, tinha acesso limitado a ingredientes como trigo, açúcar e alimentos importados. As famílias viviam com o que plantavam ou criavam. A partir disso, surgiu a cultura da culinária de reaproveitamento, que é, evitar desperdício e transformar sobras em novas receitas.  
	
 
	Em resumo, Minas reuniu as condições históricas, geográficas e econômicas ideais para ser o berço do pão de queijo. Que nenhum outro estado do Brasil reuniu. Outros estados brasileiros até usavam polvilho mas não criaram nada parecido com o pão de queijo.  
	
 
	Mas o pão de queijo compartilha raízes comuns com outras preparações latino-americanas, como Chipa (Paraguai/Argentina), Pan de Yuca (Colômbia/Equador), Pan de Queso (regiões andinas). A combinação surge de um contexto específico, falta de trigo, abundância de mandioca, cenário de trocas culturais entre indígenas, africanos e europeus.