Tradicionalmente o Imago Dei (imagem de Deus) a imagem e semelhança que fala a bíblia e que fundamenta a antropologia cristã pressupõem que ela é a racionalidade ,a moralidade, o livre-arbítrio e a capacidade de se relacionar com o transcendente .
Durante séculos se deu por certo que a racionalidade e a moralidade eram atributos exclusivos dos humanos e que os animais eram seres que agiam apenas por instintos, incapazes de planejar suas ações.
Bem, infelizmente isso mudou de umas década para cá, foi observado que certos animais tinham capacidade de resolver problemas, associar sons a objetos, reconhecer rostos humanos,fazer contas, terem noção primitivas de moralidade percebendo distribuições injustas de alimento ou de atenção, enfim, corvos,papagaios,polvos,macacos,cetáceos,elefantes todos apresentam algum grau de inteligência,autoconsciência e até em alguns casos rudimentos de moralidade em casos de macacos.
Enfim, chegou a hora de rever a noção de Imago Dei ou ela ficaria reduzida à abertura ao transcendente que é algo que os animais não mostram?
Ou ela se tornaria um termo teológico sem utilidade frente ao avanço da etologia e da constatação da complexidade da cognição animal?
Devia a teologia mudar com o avanço da ciência?
