É uma postura inadequada e até irresponsável. Ao condenar ou desestimular o uso de métodos contraceptivos, a Igreja contribui para o aumento de diversas situações problemáticas, como o crescimento de casos de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez de risco, gravidez indesejada e o nascimento de crianças que muitas vezes não podem ser adequadamente cuidadas ou criadas com dignidade, especialmente entre famílias mais pobres.
É importante perceber que a influência da Igreja não afeta apenas os seus fiéis, mas também a sociedade. Por exemplo, ao desencorajar o uso de preservativos, pode haver um aumento na disseminação de doenças como a AIDS, que, apesar de ser frequentemente associado à transmissão sexual, também pode ser transmitido de outras formas, ou seja, um católico pode se contaminar de outra forma e transmitir para a esposa. Eles podem transmitir de outras formas para mais pessoas. Por exemplo, em uma simples consulta odontológica. Assim, uma postura que desencoraja a prevenção coloca em risco não apenas católicos praticantes, mas toda a população, de maneira direta e indireta.
Além disso, essa posição acaba reforçando desigualdades sociais, pois são justamente as populações mais vulneráveis, com menos acesso a educação e saúde que sofrem mais com as consequências da ausência de planejamento familiar. O papel da Igreja deveria ser de promover a responsabilidade, a compaixão e o cuidado com a vida humana, e não de perpetuar dogmas que ignoram a complexidade das necessidades humanas e sociais.