Embora a Igreja proponha orientações importantes, como a valorização da fidelidade e a condenação do adultério, é necessário compreender que essas práticas, por si só, não garantem total proteção contra doenças graves, como a AIDS, que pode ser transmitida também por outras formas além da relação sexual.
Um casal que segue fielmente os ensinamentos da Igreja, evitando relações sexuais antes do casamento e mantendo a fidelidade, pode se expor ao risco. A transmissão pode ocorrer, por exemplo, através de objetos contaminados, como materiais de manicure mal higienizados. Nesse caso, ao não usar preservativos por seguir a orientação religiosa, a esposa infecta o marido, e, sem métodos contraceptivos, a gravidez pode resultar na transmissão do vírus ao bebê. Assim, uma infecção que poderia ter sido contida acaba afetando toda a família.
Apesar das orientações religiosas serem importantes sob a perspectiva espiritual e moral, é necessária uma reflexão prática e responsável sobre a necessidade de prevenção, inclusive por meio de métodos que a Igreja desestimula.